O que é uma audiência e quais os tipos mais realizados?
Muito provavelmente um advogado saberá o que é uma audiência. Ela pode ser o terror de um advogado iniciante. É o momento em que ele precisará defender seu cliente expondo seu conhecimento, provando que estudou o caso e que conhece as leis que sustentam a sua tese. Tudo isso sob a pressão da parte contrária.
Mas para quem não atua na área do Direito, uma audiência é um ato processual solene e público, presidido por um juiz de Direito. Há diversos tipos de audiências elencados nos Códigos de Processos Brasileiros e cada um deles tem um objetivo diferente. Neste artigo vamos abordar quais são os tipos mais realizados.
O que é uma audiência de Mediação ou Conciliação?
Audiências de Conciliação e Mediação são formas alternativas à sentença judiciária para a solução do processo. Nesses casos não é o juiz quem decide o resultado da discussão. As partes se reúnem com um conciliador ou mediador para, juntos, acharem uma solução que ponha fim ao conflito.
Esse tipo de audiência é cada vez mais estimulada porque é essencial para desafogar o Judiciário, ajudando na celeridade dos processos. É o juiz quem propõe a tentativa de acordo às partes quando for cabível – uma vez que existem casos em que algumas matérias não são passíveis de conciliação ou de mediação.
Ou seja, quando a petição inicial preencher os requisitos e não houver improcedência liminar no pedido, o juiz designará a audiência com pelo menos 30 dias de antecedência. Então, as partes demonstram seu interesse – ou não – pela tentativa de conciliação.
Para o acontecimento desta audiência, é necessário que o advogado converse com o seu cliente a respeito da flexibilidade de acordo, preparando-o para possíveis contrapropostas. Como o próprio nome diz, esse é um momento de conciliação. Dessa forma, ambas as partes terão que abrir mão de algumas exigências e precisam se dispor a contribuir para uma solução que seja boa para ambas as partes.
Quando houver acordo, o juiz irá realizar a homologação e o processo chega ao fim. Não havendo consenso, o juiz irá marcar audiência de instrução e julgamento.
O que é uma audiência de Instrução e Julgamento?
Quando a tentativa de acordo não der certo, convoca-se esse tipo de audiência para dar continuidade ao processo.
A audiência de instrução e julgamento é uma sessão pública e pode ser considerada a mais importante do processo, pois é quando as provas orais e os depoimentos das testemunhas acontecem. É neste momento que juiz tem o contato mais próximo com as partes e advogados do caso. Por isso, é fundamental que os clientes estejam bem orientados sobre como agir.
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Quando a Audiência de Instrução e Julgamento é necessária?
Quando o juiz necessita esclarecer os fatos ocorridos para construir sua decisão. Chama-se “instrução” uma vez que a finalidade é produzir provas, e “julgamento” pois há casos em que a decisão do juiz é feita ali mesmo.
Quais são as etapas dessa audiência?
A audiência judicial de instrução e julgamento pode ser, resumidamente, estruturada em 5 etapas. Vale lembrar que algumas dessas etapas podem não estar presentes em determinados casos.
- Tentativa de conciliação
- Argumentação do perito
- Desenvolvimento de prova oral
- Apresentação de alegações finais
- Declaração de sentença
Preparações para esse tipo de audiência
Informa-se previamente o dia e hora da audiência judicial às partes do processo. A fim de garantir um bom resultado, é fundamental se preparar corretamente prestando atenção nos itens abaixo:
- Estudar o processo;
- Atentar-se ao Rol de Testemunhas, às causas de impedimento e suspeição;
- Observar prévia Decisão Saneadora nos autos;
- Preparar as alegações finais, pois poderão ser apresentadas oralmente
O novo Código de Processo Civil , publicado no ano de 2015, trouxe algumas mudanças para os procedimentos relacionados a AIJ (Audiência de instrução e julgamento). O CPC permite a possibilidade de gravação da audiência judicial, livre de autorização, e também a possibilidade de novas tentativas de conciliação independentemente de iniciativas anteriores.
Além disso, a pandemia do coronavírus acelerou o processo de digitalização das audiências, uma vez que o Judiciário se viu obrigado a implementar rapidamente a modalidade de audiências virtuais para que o sistema não entrasse em colapso com os atrasos dos processos. Você pode entender melhor o caso clicando aqui.
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Repasse de audiências para correspondente
Sem dúvidas, a realização de audiências é um ponto estressante para muitos advogados. Dentre os motivos, estão a vergonha, o medo de falar em público, a insegurança e até a falta de tempo. Desta forma, não apenas para os iniciantes, o comparecimento à audiência (que às vezes acontece em outra cidade, ou até mesmo em outro estado) gera um grande incômodo até aos advogados experientes.
Eles investem tempo e dinheiro com deslocamento e estudo do processo e, em contrapartida, se deparam com atrasos da pauta e audiências desnecessárias, sem ter qualquer retorno benéfico daquela diligencia.
Para diminuir as despesas, aproveitar melhor os recursos financeiros e aumentar a produtividade, o que muitos advogados fazem para eliminar esse incômodo é repassar o serviço para Correspondentes Jurídicos. Estes correspondentes são profissionais treinados que, através de autorização, representam os próprios advogados nas audiências.
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Conclusão
Por fim, os tipos de audiências mais realizados nos processos jurídicos brasileiros são a audiência de instrução e julgamento e a audiência de conciliação e mediação. É essencial que o advogado estude o processo e esteja preparado para a realização da audiência, seja orientando o cliente sobre como agir ou preparando previamente as alegações finais.
Para evitar incômodos que o comparecimento às audiências traz, como custos de deslocamento, perda de tempo e produtividade da rotina, muitos profissionais optam por repassarem essas diligências para correspondentes jurídicos.
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